Os trabalhadores pretos e pardos são os que mais sofrem com o desemprego no Brasil. De acordo com os dados do IBGE, 12,3 milhões de desempregados, cerca de 64% são pardos e pretos.

A criação deste dia, proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi motivado em memória ao “Massacre de Shaperville”, ocorrido em 21 de março de 1960.

Essa data nos remete a uma reflexão sobre a realidade de preconceitos e desigualdades vivida pelos negros e negras no país.  

No setor bancário há uma resistência forte na contratação de negros, na qual há vários anos, temos tentado colocar na convenção coletiva dos bancários a questão das cotas na contratação. A nossa proposta é que 20% das vagas de trabalho em bancos e financeiras sejam para negros e negras, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda resiste em aceitar a reivindicação.

O II Censo da Diversidade, divulgado pela Fenaban, mostrou que, dos bancários que atuam no setor, somente 24,7% são negros. Deste percentual, apenas 3,4% se declararam pretos e nesta mesma pesquisa nem aparecem dados específicos sobre a mulher negra dentro dos bancos.

A discriminação racial ainda é um problema sério na categoria. Inclusive, os negros que trabalham na área recebem, em média, um salário 27% menor do que um trabalhador branco.

* Com informações da cut