Outro cenário preocupante e que traz mais alerta à questão dos acidentes é o trabalho informal

Na semana do Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, celebrado no dia 28 de abril, o Brasil se depara com uma triste realidade. O governo Bolsonaro enfraqueceu as políticas públicas relacionadas à saúde e segurança em ambientes profissionais.

Diversas NRs (Norma Regulamentadora) foram revisadas, dificultando o reconhecimento das doenças ocupacionais. Com a medida, milhares de trabalhadores são impedidos de receber auxílio doença pelo INSS e têm de trabalhar, mesmo sem condições.

Enquanto Bolsonaro negligencia, os acidentes de trabalho seguem elevados no país. Números preliminares do Radar SIT – plataforma do Ministério do Trabalho e Previdência – apontam que em 2021 foram registradas 423.217 ocorrências, média de 1.159 acidentes por dia. Do total, 133.757 casos necessitaram de tratamento por período maior de 15 dias e 1.694 óbitos foram contabilizados.

De 2012 a 2020 foram registrados 5,6 milhões de doenças e acidentes do trabalho no Brasil, aponta dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Outro cenário preocupante e que traz mais alerta à questão dos acidentes é o trabalho informal, que alcançou taxa de 40,2% no primeiro trimestre de 2022.

Em números são 38.326 milhões de trabalhadores na informalidade, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Boa parte trabalha sem medidas necessárias que garantam segurança.