Violência, pancadaria, truculência e prisão no Bradesco
(São Paulo)10/10/05 - O Bradesco continua com as agressões nos locais de greve com o apoio da Polícia Militar (PM). Nesta segunda-feira, em Brasília , acionou a Ronda Ostensiva de Táticas Motorizadas (Rotam) da PM-DF na agência do Setor Comercial Sul (SCS). A PM-DF promoveu um arrastão, usou cassetetes, deixou mais de seis pessoas feridas e efetuou a prisão de dez bancários. A porta principal da agência foi quebrada no tumulto que começou por volta das 11h30, quando a polícia tentou retirar os manifestantes, que estavam sentados no chão, na parte interna do banco. Sofreram agressão o presidente do Sindicato,Jacy Afonso,e os diretores Rodrigo Brito (Banco do Brasil), Rafael Zanon (Banco do Brasil) e Juliano Braga (Bradesco). Conforme os grevistas, soltou bombas de gás lacrimogêneo, usado gás de pimenta contra os bancários e provocado hematomas. O confronto está documentado em fita de vídeo que será encaminhada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília ao Ministério Público do Distrito Federal (MPDF). A deputada Érika Kokay visitou o local e afirmou que irá acionar todas as entidades de defesa dos direitos humanos, já que preside a Comissão que trata do tema na Câmara dos Deputados. Não é a primeira vez que o Bradesco viola o direito de greve. É o segundo ato de violência da PM-DF. Em São Paulo , nesta segunda-feira (10) a abertura da agência Central, na rua 15 de Novembro, foi forçada pela PM. Segundo o Sindicato, o gerente regional Valdir do Prado acionou os policiais militares contra a livre manifestação por melhores condições de trabalho. A violência se repetiu no Telebanco Santa Cecília e em várias agências e concentrações do Bradesco, mesmo com a liminar obtida pelo Sindicato, na última sexta-feira, que garante o direito de greve aos bancários.