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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Valorização do real faz mínimo atingir US$ 200

"Salário mínimo virou máximo" é o título de uma matéria assinada por Adriana Nicacio e publicada na IstoÉ desta semana. De acordo com a revista, a "valorização do real eleva o ganho dos mais pobres e faz com que o presidente Lula consiga cumprir uma promessa de campanha". Isso porque, pela primeira vez desde a implantação do salário mínimo no país, o valor ganho pelos brasileiros gira em torno de US$ 200. É um piso salarial inferior a de vizinhos como o Chile e a Venezuela, como revela a tabela abaixo, elaborada pela IstoÉ. Mas, em quatro anos e meio de governo Lula, o mínimo ficou 3,5 vezes maior se avaliado em dólar. Salário mínimo virou máximo Por duas décadas, o salário mínimo de US$ 100 fez parte do imaginário dos sindicalistas. Essa meta era tida como a única capaz de manter o poder de compra dos trabalhadores, em tempos de inflação galopante. Sabia-se que tão logo fossem alcançados os US$ 100, o novo marco seria de US$ 200, e assim por diante. Pois bem, chegou a hora de se perseguir outro valor, porque desde 1º de junho, quando o dólar bateu em R$ 1,90, o salário mínimo ronda os US$ 200. Tudo isso devido à valorização do real, claro, e aos aumentos sucessivos do mínimo nos últimos dez anos, que subiu 100% acima da inflação. Na comparação com a América Latina, o Brasil deixou de ter um piso baixíssimo - em 2003 o mínimo equivalia a US$ 56,8 - e conquistou um razoável. No Chile, por exemplo, a menor remuneração é de US$ 250, na Venezuela é de US$ 286. "Os mais pobres talvez não saibam, mas a desvalorização do dólar é muito boa para eles", explica o professor Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV/ RJ. "A valorização do câmbio gerou uma redução na inflação para os mais pobres, o que também reduziu a desigualdade", completa. É a primeira vez que o mínimo tem o mesmo poder de compra da época de sua criação, em 1940, por Getúlio Vargas, de acordo com Neri. O mínimo de Getúlio foi um dos mais altos do Brasil.



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