Os sindicatos lutam pela inclusão da categoria no PNI (Plano Nacional de Imunização) contra a Covid-19

Os bancários correm muito risco de contaminação por estarem na linha de frente de atendimento e pelo descaso do governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia. Os reflexos são evidentes. Na Caixa, por exemplo, houve aumento de 253% no número de encerramento de contratos de trabalho por morte no comparativo entre os quatro primeiros meses de 2020 e os quatro primeiros meses deste ano.

De janeiro a abril do ano passado, foram 13 desligamentos no banco público. Já no mesmo período em 2021, o número subiu para 46, de acordo com estudo do movimento sindical baseado em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

O relatório médico que o movimento sindical entregou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, aponta as agências bancárias como grandes vetores de transmissão, já que são fechadas e não oferecem ventilação e nem circulação natural de ar.

Estudos científicos mostram ainda que um indivíduo adulto, em atividade laboral leve, com jornada de 8 horas, inspira e exala, cerca de 4.400 litros de ar com variações de acordo com o esforço físico. Ou seja, independentemente da fala, tosse ou espirro, a emissão de aerossóis é propagada em suspensão por horas no ambiente, o que aumenta as possibilidades de contágio.

Por conta disso, os sindicatos lutam pela inclusão da categoria no PNI (Plano Nacional de Imunização) contra a Covid-19. Forte mobilização das entidades levou a aprovação do projeto de lei 1011/20 que inclui os bancários e outras categorias no grupo prioritário da vacinação na Câmara dos Deputados. Agora, o PL está no Senado.

No Estado e nos municípios o Sindicato de Dourados e Região já realizou e continua realizando vários pleitos junto as secretarias municipais e, também, na estadual, mas tem esbarrado nos argumentos dos secretários de que para que os bancários sejam incluídos é necessário estarem no PNI (Plano Nacional de Imunização).  

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