Unibanco se nega a recompensar funcionários por lucro da empresa
Mesmo com uma alta de 46,4% em seu lucro líquido nos primeiros nove meses deste ano, atingindo a marca de R$ R$ 1,329 bilhão, o Unibanco se nega a melhorar a PLR e a isentar seus funcionários do pagamento de tarifas. A negativa foi dada pela direção do banco, nesta terça-feira, durante negociação com representantes sindicais. Na questão da PLR, o pagamento efetuado pelo Unibanco neste final de ano comprometeu 4,5% do lucro, enquanto o mínimo estabelecido pela Convenção Coletiva dos Bancários é de 5% até o máximo de 15%. “O Unibanco disse que pode chegar aos 5%. Mas, nós, do movimento sindical, acreditamos que exista espaço para avançar ainda mais face ao lucro da instituição. O banco disse que a questão pode até ser debatida, mas sem garantias de sucesso, uma vez que deva ser remetida para a Fenaban”, relata a diretora da FETEC/CUT-SP, Valeska Pincovai. Com relação à isenção de tarifa, o Unibanco diz que manterá a política atual, de classificar as contas correntes dos funcionários como tipo 12, que isenta apenas alguns tipos de serviços. Na negociação, também foi abordado o tema de segurança. Os representantes sindicais voltaram a cobrar a instalação de portas de segurança, como forma de inibir assaltos. Aproveitaram para denunciar a existência de várias agências sem qualquer equipamento de segurança, em muitos casos sem ao menos o T.A. (Teller Assist) e com apenas um vigilante. O banco afirmou que o seu sistema de segurança, baseado no T.A., impede acesso dos funcionários ao dinheiro disponível na agência. Disse que a disponibilização de T.A. leva em conta estudos de áreas de risco. No entanto, se prontificou a fazer levantamento sobre as unidades com carência de mecanismo de segurança. Na oportunidade, os representantes sindicais solicitaram informações sobre os bônus de remuneração variável, conforme já realizado pelo banco sobre o PRU e RR. O Unibanco se negou, alegando dificuldades para abrir os números. O movimento sindical também cobrou fim das terceirizações e melhorias nas condições de trabalho do pessoal das USBs, o que ficou de ser analisado pela empresa. Também está em debate a inclusão de parceiro do mesmo sexo em convênio médico, bem como concessão de auxílio educação aos bancários. O Unibanco topou fazer a discussão do auxílio educação, desde que o ressarcimento seja para cursos afins à área bancária e em instituições conceituadas. Atualmente, o banco concede o benefício com base em remuneração variável e apenas para pessoal de rede de agências. As partes também trataram de convênio odontológico, bem como do adiamento das eleições para representante sindical ao Futuro Inteligente, fundo de pensão dos funcionários, sobre o qual aguarda-se posicionamento da Secretaria de Previdência Complementar. Fonte: FETEC/CUT-SP