Unibanco lucra 46,4% a mais com exploração
O lucro líquido do Unibanco foi de R$ R$ 1,329 bilhão nos primeiros nove meses deste ano. A alta foi 46,4% em relação ao mesmo período de 2004. O índice de eficiência chegou a 51,4%, menor do que os 61,2% do igual intervalo do ano anterior. Quanto menor for esse índice, maior a eficiência. Essa eficiência medida pelos banqueiros está baseada no esforço absurdo dos funcionários, que devem ser reconhecidos pelo empenho e pela construção do lucro. “O banco precisa ser mais justo na distribuição dos lucros”, reforça a secretária de imprensa da Fetec CUT/SP, Valeska Pincovai. Os bancários estão produzindo muito a baixos custos. Nessa rotina são comuns o assédio moral, a pressão por metas e o acúmulo de horas extras. “Em São Paulo, o Unibanco fez um banco de horas, ao invés de contratar mais funcionários. E em todo o Brasil o número de horas extras é muito grande, o que mostra também a necessidade da criação de novos postos de trabalho”, denuncia. Outra distorção no Unibanco é o PRU – programa interno de participação nos lucros. A parcela dos funcionários que recebe é escolhida por critérios unilaterais. “A PRU deveria ser paga linearmente a todos os bancários do Unibanco, sem distinções”, reivindica Valeska. Após o final da Campanha Nacional, a pauta de reivindicações já foi entregue ao Unibanco pela CNB/CUT. A negociação com o banco, que terá a participação do diretor de Relações do Trabalho, Marcos Próspero, está marcada para o dia 29 deste mês em horário e local a ser divulgado.