Situações como esta são recorrentes, principalmente em fazendas, garimpos e carvoarias

Lamentavelmente, o trabalho em condições semelhantes à escravidão ainda acontece no Brasil. Mesmo sendo sucateadas pelo governo por falta de verbas, as operações de resgate não pararam de acontecer, como a realizada no estado do Pará, onde foram resgatadas 13 trabalhadores que dormiam e se alimentavam em um chiqueiro com muitos animais em volta.

Situações como esta são recorrentes, principalmente em fazendas, garimpos e carvoarias, sendo a calamidade crime e uma grave violação aos direitos humanos. Segundo o Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, de 1995 a 2020, foram resgatadas 55.712 pessoas. O Pará foi o estado com mais vítimas, com 13.225.

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Na última operação, foram encontradas diversas irregularidades. As mais graves em relação às péssimas condições de trabalho e moradia. Em uma delas, os trabalhadores dormiam no curral e vivam com o forte odor de fezes dos bichos e sob altas temperaturas, com registros de empregados passando mal, com problemas de pele na região do abdômen.

A fiscalização trabalhista autuou os empregadores por trabalho escravo e, após o ato ser julgado procedente, serão incluídos em um cadastro de restrições, principalmente com compradores internacionais, que não querem ter a marca vinculada a uma cadeia exploratória de mão de obra escrava. Para denunciar, o MPT (Ministério Público do Trabalho) criou o Disque 100, um canal direto para combater uma das mais antigas formas de exploração humana.