Representantes de diversos sindicatos, centrais e movimentos sociais se reúnem hoje com o presidente Lula para discutir as implicações da crise financeira para os trabalhadores brasileirosAs centrais sindicais entregarão ao presidente documento com propostas para a elaboração da Agenda dos Trabalhadores pelo Desenvolvimento, com o foco voltado para a geração de emprego e renda. Os representantes dos bancários cobrarão do governo medidas que forcem os bancos a liberarem mais crédito para a economia, além de ações que evitem a perda de direitos e demissão de trabalhadores em decorrência da onda de fusões que tomou conta do setor. O documento a ser entregue ao presidente Lula reafirma o compromisso do movimento sindical brasileiro com a proteção do trabalhador e da população mais carente. Assim, as entidades representativas consideram prioritárias políticas que amenizem os efeitos da crise junto a essas parcelas da sociedade. O documento afirma que os movimentos reconhecem que a superação mundial da crise vai depender de uma nova arquitetura do sistema financeiro mundial. "A desmontagem da especulação financeira cobra um preço alto daqueles que não fizeram parte da festa dos ganhos fáceis. O Brasil terá voz decisiva na construção desse novo arranjo internacional se for capaz de propor uma agenda viável para o enfrentamento da pobreza e da concentração de renda. Em parte, isso está em curso no nosso país. Mas é preciso avançar muito mais. O movimento sindical dos trabalhadores está pronto a exercer papel ativo e ser importante referência na construção desta nova ordem econômica e social. Enfrentar a especulação financeira, controlar os fluxos de capitais, tributar com justiça e, sobretudo, reforçar as políticas sociais que garantam a inclusão de todos, fazem parte dessa agenda para viabilizar a superação da crise na direção que interessa aos trabalhadores e ao povo".