Trabalhador deve se sindicalizar para evitar perdas

Como sempre, bancos e financeiras se beneficiam das ações do governo. Nem mesmo o estado de calamidade no país em decorrência da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus impede o ataque aos direitos trabalhistas. No período de crise, é ainda mais fundamental estar sindicalizado, para enfrentar as investidas das empresas que ainda contam com o apoio do governo.
A MP 936, por exemplo, autoriza a empresa a reduzir jornadas e salários dos trabalhadores através de acordos individuais, sem a participação dos sindicatos. A Medida prevê reduções salariais que podem ser de 25%, 50% e 70%. O movimento sindical enviou ofício às instituições financeiras que adotaram a MP cobrando prerrogativa para as entidades negociarem qualquer medida de redução salarial e/ou jornada ou que suspendam o contrato de trabalho.
Prova da importância da negociação coletiva é que o Comando Nacional dos Bancários garantiu que os cinco maiores bancos em atuação no Brasil se comprometessem a não demitir no período da pandemia. Com isto, 90% da categoria está com o emprego assegurado, apesar das brechas do governo.
Manter a renda dos trabalhadores deveria ser uma das prioridades para a recuperação da economia pós crise. Mas, diferentemente do que acontece em países desenvolvidos, onde o Estado assumiu contas de água, luz, aluguel, gás e alimentação, o governo Bolsonaro quer reduzir salário e demitir.