5 de Março de 2015 às 23:59
Terceirização prejudica os trabalhadores
Os movimentos sociais e sindicais do Brasil estão prontos para voltar ao combate contra a legalização da terceirização. A prática reduz em quase 25% o salário do trabalhador, amplia a jornada em três horas e os acidentes de trabalho.
Os terceirizados também são os mais vulneráveis ao trabalho escravo. Segundo o pesquisador da Unicamp, Vitor Filgueiras, dos 10 maiores resgates em condições análogas à escravidão entre 2010 e 2013, 90% está relacionado aos terceirizados.
Tem muito mais. O Brasil tem atualmente 12,7 milhões de trabalhadores, o equivalente a 6,8% do mercado. Os dados estão no dossiê Terceirização e Desenvolvimento: uma conta que não fecha entregue nesta semana, na Câmara Federal.
A intenção é impedir que a proposta siga adiante. Recentemente, o presidente da Casa, Eduardo Cunha, comunicou que o PL, de autoria do ex-deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), vai para o plenário no início de abril. É preciso muita união dos brasileiros para evitar que a terceirização saia do papel.
Mobilização no dia 13
Os trabalhadores estão prontos para as manifestações contra o projeto que libera a terceirização em todas as atividades. O primeiro protesto acontece no dia 13 de março e vai defender ainda a Petrobras e a democracia brasileira.
O ato é nacional e conjunto, por isso, todos estão convocados para defender os direitos trabalhistas. Vale ressaltar que a bancada do PSDB no Senado também pediu o desarquivamento do PLS 87/2010, considerado um clone da proposta da terceirização, ou seja, permite a prestação de serviços terceirizados em todos os setores da empresa.



