Levantamento do Idec (Índice Brasileiro de Defesa do Consumidor) revela que os preços das tarifas avulsas tiveram reajuste médio de 38,6% e os pacotes de serviços, de 17,20%, quase um ano após da resolução do Banco Central, que padroniza tarifas e serviços oferecidos, permitindo parâmetro de comparação entre as empresas do sistema financeiro. No entanto, a padronização não conseguiu cumprir a função, pois o abuso praticado pelos bancos ficou muito acima dos pacotes personalizados e do IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), que atingiu 5,03% no acumulado, entre maio do ano passado e março deste ano. TARIFAS Acompanhamento realizado entre os 10 maiores bancos com mais de um milhão de clientes (BB, Banrisul, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Santander e Bradesco) aponta que nove reajustaram, pelo menos, uma tarifa avulsa, com exceção da Caixa, que apresentou menor preço em 14 taxas, seguida pelo Itaú e Unibanco. O HSBC encabeça a lista das maiores taxas, com reajustes em 20 itens. Segundo o estudo, foram identificados 46 reajustes diferentes. O Banrisul ficou o índice máximo, de 328,6%, por exemplo, no fornecimento de folha avulsa de cheque, que saltou de R$ 0,35 para R$ 1,50. O mínimo ficou com o Unibanco, que reajustou em 1,3% o DOC/TED, passando de R$ 8,00 para R$ 8,10.