Sindicatos pressionam banco Mercantil pelo fim das demissões
Para coordenador da COE do BMB, ao invés de demitidos, funcionários podem ser requalificados, assumirem outras funções dentro da empresa e continuarem contribuindo para o crescimento do banco
Representantes sindicais dos empregados do Banco Mercantil do Brasil se com a direção do banco nesta quinta-feira, dia 21 de outubro, para cobrar o fim das demissões e melhores condições de atendimento e segurança nas agências. No mês de outubro, dezenas de bancários foram demitidos, enquanto o lucro do banco está nas alturas, alcançando mais de 100 milhões somente nos seis primeiros meses do ano.
O Mercantil, mais uma vez, argumentou que as demissões ocorreram por conta da reestruturação da empresa, frente à necessidade de “readequação no mercado de atuação”. Pressionados pelos sindicatos, o Banco acenau com a possibilidade de majoração de benefícios aos bancários demitidos e garantiu que essa etapa de reestruturação foi finalizada e que não ocorrerão mais demissões em massa em 2021, salvo os desligamentos pontuais.
Diante ao impasse, foi agendada nova reunião entre os sindicatos e a direção do Mercantil, para o dia 27 de outubro, para a continuação das discussões.
Para o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do BMB, Marco Aurélio Alves, os trabalhadores não podem ser penalizados pela reestruturação da empresa. “Os funcionários demitidos são profissionais dedicados e merecem ser tratados com dignidade e respeito. Eles podem ser requalificados em outras funções dentro da empresa e assim continuar contribuindo para o crescimento do banco”, afirmou.
“Não podemos esquecer que os bancos assumiram o compromisso público de não realizar demissões enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus. E mais uma vez o Mercantil descumpre sua palavra”, lembrou a presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG), Magaly Fagundes, que é membro do Comando Nacional dos Bancários.
Já Ramon Peres, presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região, ressaltou que com as recentes demissões o Mercantil se apresenta como um banco que não tem compromisso com o emprego ou com a vida dos seus empregados, que vêm adoecendo por causa da pressão. “Vamos continuar nos organizando política e juridicamente para defender os bancários e as bancárias do Mercantil que procurarem o sindicato por apresentarem algum problema de saúde em consequência das más condições de trabalho”, destacou.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região, com edições da Contraf-CUT