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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Sindicato condena manobra contra queima da cana

Manobra do vereador Eduardo Marcondes (PMDB) impede votação de seu próprio projeto e por conseqüência tranca pauta de votação da Câmara Municipal de Dourados, prejudicando a votação do Projeto do vereador bancário Elias Ishy, que proíbe a queima de cana em Dourados. Usando a prerrogativa de ser médico o vereador depois de participar de mais da metade da sessão, inclusive fazendo deboches ao público presente desapareceu do plenário sem dar explicações, desrespeitando cerca de 500 pessoas de diversos setores da sociedade que acompanhavam a sessão, inclusive alguns indígenas. Outro fato muito “estranho” foi o sincronismo entre a saída do vice-presidente Marcondes e o aparecimento do Presidente Carlinhos Cantor (PR), que depois de anunciar antecipadamente que não estaria na sessão, num “gesto heróico” apareceu do nada assumindo os trabalhos, inclusive justificando a ausência do “vereador fujão”, dizendo que o mesmo teria saído para um atendimento de paciente, como se o vereador fosse o único pediatra da cidade, ou então que os demais pediatras não teriam capacidade de fazer o pronto atendimento. Com a saída do vereador seu projeto não poderia ser votado, e o Projeto de Ishy que dependia do resultado deste não pôde ser apreciado, motivo este que levou ao encerramento da sessão. A sociedade precisa repensar o papel da Câmara de Vereadores de Dourados, que consome por mês a importância de 600 mil Reais, ou seja, R$ 50 mil/mês por vereador. A propaganda enganosa que o Presidente da Câmara Carlinhos Cantor prega é a aproximação da população com a Câmara de Vereadores, mas quando a discussão realmente interessa a população o que se vê é essa palhaçada. Parlamentares fugindo de suas responsabilidades de forma estúpida, vergonhosa e desrespeitosa para com os demais companheiros e a população.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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