Sinais de avanço na igualdade de oportunidades
Terceira rodada de mesa temática sobre o assunto discutiu licença de 6 meses, aleitamento e datas importantes. Na terceira rodada da mesa temática sobre igualdade de oportunidades, a federação dos bancos (Fenaban) avançou em alguns pontos ao aceitar reivindicações dos trabalhadores feitas em reuniões anteriores e acatou a adoção da metodologia do IBGE para a classificação de etnia (cor) com alinhamento para comparar o perfil dos bancários em todas instituições financeiras. Os trabalhadores também apresentaram, nessa negociação realizada na quinta-feira 8/7, um conjunto de propostas definidas durante reunião da Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) da Contraf-CUT. O tema orientação sexual fará parte da próxima edição do Mapa da Diversidade. Os bancos concordaram em adicionar a opção à próxima pesquisa. Outro avanço foi a divulgação do telefone 100 nos extratos dos clientes bancários, disque-denúncia sobre abusos e violência contra crianças e adolescentes, no 18 de maio, Dia de Combate à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes. A proposta foi feita pelos sindicalistas, aceita e disseminada pelos bancos, segundo a Fenaban, não somente nos extratos, mas em holerites e terminais eletrônicos, além de outros veículos em diversas instituições financeiras. Outras datas serão divulgadas para sensibilizar os trabalhadores dentro do tema igualdade de oportunidade, 8 de março (Dia Internacional da Mulher), 20 de novembro (Dia da Consciência Negra), 21 de setembro (Dia Nacional da Pessoa com Deficiência), entre outras datas importantes. O movimento sindical sugeriu a inclusão do 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, e 17 de maio, Dia Nacional de Luta contra a Homofobia neste calendário. A resposta ficou para a próxima reunião. MÃES BANCÁRIAS – Quanto à campanha direcionada aos gestores sobre a valorização do aleitamento materno e do cumprimento da licença-maternidade ampliada, os representantes da Fenaban afirmaram ser simpáticos à ideia e pediram ao movimento sindical uma proposta detalhada sobre a questão do aleitamento. Mas não sobre incluir a licença-maternidade na mesma campanha. A licença de seis meses já é obrigatória, mas as mães devem fazer a adesão dentro do prazo estipulado. A campanha é justamente para que elas não percam esse prazo e que tenham o seu direito garantido, sem pressão e sem ameaça de demissão. Os empregadores devem compreender a importância do aleitamento materno para futuras gerações e isso só ocorrerá se a mãe tiver o tempo garantido para amamentar. Ter essa visão é ter responsabilidade social. Ainda não há data definida para a próxima reunião e entre as propostas que seguirão em debate estão a ampliação da licença-paternidade, participação e acompanhamento do movimento sindical no plano de ação do projeto de diversidade e garantia de retorno da licença-maternidade ampliada sem prejuízo para a bancária. Fonte: Contraf-CUT