Sicredi faz pouco caso do processo de negociação com trabalhadores
Os trabalhadores do sistema Sicredi que tem data base em 1º de agosto, viram passar o natal e chegar janeiro sem a assinatura de um acordo coletivo, embora o Sindicato tenha tentado de todas as formas chegar a um acordo com os patrões, no processo de negociação. Os demais bancários que tem data base em 1º de setembro, ou seja, um mês depois, fecharam o acordo e, mesmo na caixa onde houve impasse e a categoria teve que lançar mão da greve a campanha salarial já é coisa do passado a muito tempo, com reajuste salarial acima da inflação, o que significa ganho real ao trabalhador, participação nos lucros e resultados, plano de saúde que contempla toda a família e o mais importante a assinatura do acordo coletivo que garante todas as demais cláusulas acordadas, dando a tranqüilidade necessária para o trabalhador desenvolver as suas atividades com segurança. No Sicredi a negociação vem se arrastando desde o seu início, onde a empresa até agora apresentou apenas reposição da inflação, somente no item salário, (nos demais bancos o índice foi acima da inflação e para todas as verbas), e o que é pior, quer empurrar de todas as formas o banco de horas para a categoria. Para o Sindicato dos Bancários, a simples colocação de cláusula que garanta o banco de horas no sistema Sicredi neste momento seria de interesse apenas da empresa, e nocivo ao trabalhador, haja vista que ao contrário dos outros bancários a jornada de trabalho da mesma hoje, embora não acordada na convenção coletiva dos funcionários, a empresa pratica a jornada de 08 (oito) horas, jornada esta que esta na contramão inclusive do próprio sistema cooperativo, que em outros locais já pratica a jornada de 06 (seis) horas. O descaso para com os trabalhadores chegou ao cúmulo de o negociador da empresa marcar reunião de negociação com o Sindicato dos Bancários de Dourados no último dia 19 de dezembro, deixar os representantes dos trabalhadores esperando e não comparecer a reunião sem justificativa e até o momento não ter feito nenhum contato para dar pelo menos uma satisfação. Por outro lado a empresa tenta fechar acordo com os demais sindicatos do estado através de mesa redonda no Ministério do Trabalho e Emprego, sem a participação do Sindicato de Dourados, que representa o maior número de empregados do sistema Sicredi, e pelas informações que temos, fazendo reuniões com os trabalhadores para “convence-los” de que o tal banco de horas é vantajoso para o trabalhador. O Sindicato dos Bancários de Dourados e Região não assinara acordo coletivo que entenda ser nocivo ao trabalhador e não aceitará imposição patronal para que o acordo seja empurrado goela abaixo a seus funcionários, sob pena de denunciar junto ao Ministério Público do Trabalho se por ventura o acordo vier a ser assinado pelos demais sindicatos do Estado sem a participação do representante da maior parte dos trabalhadores que é o Sindicato de Dourados.