Implementada desde janeiro, a iniciativa que estimula uma semana com 4 dias de trabalho, já mostra alguns resultados relevantes. Os testes realizados com as 22 empresas que participam com cerca de 250 trabalhadores apontam redução de faltas, tarefas otimizadas, melhora na saúde mental, mais tempo livre para os trabalhadores e melhor qualidade de vida e satisfação com o trabalho como consequências.

O projeto começou após três meses de preparação (setembro a dezembro de 2023) para implementar o modelo 100:80:100, ou seja, 100% de produtividade, 80% da carga horária e 100% do salário.

Os trabalhadores ainda relatam como benefícios pessoais melhor oportunidade de descanso, presença familiar, prática de hobbies e projetos pessoais, além de tempo para resolução de problemas básicos domésticos. Para os empregadores, os primeiros relatos indicam maior objetividade na resolução de problemas pelos funcionários. Ou seja, ganho em agilidade e melhor organização e menos procrastinação.

No experimento, as empresas puderam escolher se iriam conceder um dia de folga na semana ou reduzir a carga horária de 8 para 6 horas diárias. Todas escolheram o dia de folga, mas com algumas diferenças.

A maioria escolheu a sexta, mas algumas empresas que vão se manter abertas colocaram uma ou duas pessoas para trabalhar na sexta, e aí essas pessoas tiram a segunda-feira de folga, explicou Renata Rivetti, responsável pelo projeto, no Brasil.

O experimento será acompanhado pela Fundação Getúlio Vargas e a Boston College para avaliarem o desempenho dos funcionários e os benefícios para todos.

Saúde Mental

Entre as expectativas das empresas listadas pelo projeto, além da melhora na qualidade de vida e produtividade, também estão reduzir o turnover (taxa de rotatividade de colaboradores) e atrair talentos.

Para Eduardo Hagiwara, do Hospital Indianópolis, a principal meta com o programa é melhorar a qualidade de vida dos funcionários, uma preocupação que se intensificou na área da saúde após a pandemia de coronavírus.