Santander não se esforça em negociações

Em mais uma rodada de negociação para renovação do acordo específico, que aconteceu nesta quarta-feira (04/03), em São Paulo, a direção do Santander voltou a apresentar uma proposta insuficiente para os funcionários, verdadeiros responsáveis pelo lucro recorde da empresa.
Na reunião, realizada com a COE (Comissão de Organização dos Empregados), os termos apresentados anteriormente foram reforçados, porém sem muito sucesso. Tratada como prioridade, a COE solicitou novamente a isenção da tarifa bancária para os funcionários do banco, já que, somente com as taxas, o Santander arrecada R$ 18 bilhões, valor equivalente a duas vezes a folha de pagamento, incluindo a PLR.
Outra demanda apresentada pelos representantes dos trabalhadores foi a criação de uma linha de crédito específica para os funcionários, com juros menores do que são oferecidos aos clientes. Novamente, não houve avanço.
Com lucro recorde de R$ 14,550 bilhões em 2019, o Santander não oferece uma proposta de PPRS (Programa de Participação nos Resultados do Santander) que reflita com a realidade do banco. A meta para 2020 já está estabelecida, e muitos funcionários têm adoecido para chegar ao resultado. Porém, a recompensa não será equivalente ao esforço.
A COE tem buscado em todas as rodadas de negociações um melhor acordo para os funcionários, que precisam ser valorizados. Outras questões também estão emperradas, sem avanços, como a readequação das bolsas de estudos e nas provas do CPA 10 e CPA 20.
O banco não demonstra interesse em ceder benefícios aos trabalhadores, o que dificulta o acordo. Ainda não há previsão para a próxima negociação.