O Santander se comprometeu em apresentar proposta sobre a implantação de um banco de horas negativo para os funcionários afastados por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus. A garantia foi dada pela direção da empresa, em reunião por videoconferência, nesta quarta-feira (22/07).

A COE (Comissão de Organização dos Empregados) antecipou que não vai aceitar uma proposta prejudicial aos bancários e inferior aos demais bancos, seja na compensação das horas ou em relação ao saldo negativo que restar quando o acordo acabar. Também reforçou que a empresa não pode exigir metas para cumprimento das horas negativas. Uma nova discussão está agendada para esta sexta-feira.

As denúncias que chegam aos sindicatos de que o Santander tem chamado os funcionários para continuarem em teletrabalho mediante assinatura de um acordo individual com validade de um ano também esteve em pauta. Segundo a direção, não há acordo de adesão e, sim, uma consulta aos empregados de algumas áreas.

Sobre as demissões em massa – foram mais de 600 em poucas semanas, inclusive duas na base do Sindicato de Dourados e ganharam destaque nacional pela perversidade, a COE denunciou que os desligamentos são feitos por telefones e gravações. Novamente a direção se calou.

Outro problema recorrente é a cobrança de metas. A Comissão de Organização dos Empregados cobrou do banco informações sobre a campanha “Rumo a Mais um Milhão de Clientes”. O programa consiste na visita para prospecção de clientes em plena pandemia.

Novos protocolos contra a Covid-19

A negociação entre a COE e o Santander tratou ainda sobre os novos protocolos contra a Covid-19, a exemplo da testagem de funcionários. Se o bancário apresentar sintomas da doença, é autorizado a fazer um teste de farmácia.

A COE lembrou que os testes são conhecidos pela pouca eficácia e, muitas vezes, apresentam resultado falso negativo, o que pode resultar na contaminação de mais pessoas. Mas, o Santander alega que todos os locais com casos são higienizados e os empregados afastados. Foi informado também que existe um projeto piloto em alguns estados, baseado na curva de contágio e a densidade demográfica, porém sem muitos detalhes.