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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Punição aos culpados e respeito aos inocentes

A população assiste atônita ao festival de denúncias que freqüenta diariamente os órgãos de imprensa. A mídia, muitas vezes, cumpre seu papel ao divulgar fatos, fazer suposições e cobrar apuração. Mas na disputa por audiência há denúncias acompanhadas de indícios de provas e outras que não se sustentam, são inconsistentes. Sobre as denúncias não comprovadas, nada é feito para reparar eventual dano a pessoas e instituições envolvidas. Nós, dirigentes sindicais bancários, fazemos coro com a população brasileira e exigimos a apuração rigorosa de todas as denúncias. Defendemos que os responsáveis pelas apurações ajam com responsabilidade, independência e isenção, pois os cidadãos brasileiros merecem respeito e não querem que tudo acabe em pizza. Acreditamos que as instituições têm mecanismos suficientes para apurar e aplicar penalidades. Instrumentos não faltam: Comissão Parlamentar de Inquérito, Ministério Público, Polícia Federal, comissões de ética da Câmara e do Senado. Os responsáveis por desvio de dinheiro público, corrupção ativa ou passiva e tráfico de influência devem ser responsabilizados e punidos. Os culpados não podem ser perdoados. Para preservar o Estado de direito, é imprescindível que as penalidades sejam embasadas em fatos e provas. Ninguém pode ser condenado por presunção. Os inocentes não podem ser condenados por atos que não praticaram nem podem ser condenados previamente. Também não concordamos com a iniciativa da oposição de desestabilizar o Governo Lula, com objetivo de inviabilizar iniciativas transformadoras. Já expusemos publicamente, em várias ocasiões, nosso descontentamento com a ortodoxia na atual política econômica, responsável por manter as taxas de juros em níveis elevados, inviabilizando investimentos em infra-estrutura, educação, saúde, agricultura, reforma agrária, previdência e programas sociais. O anseio de milhões de brasileiros é ter trabalho e condições dignas de vida. E isso só acontecerá com mudanças na política econômica, capazes de incentivar o crescimento de setores vitais da economia, o aumento dos níveis de emprego e renda e a inclusão de milhões de cidadãos. Vagner Freitas Presidente da CNB/CUT



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