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24 de Maio de 2024 às 08:54

Projeto quer criminalizar luta por terra

A luta pela reforma agrária é por diretos básicos aos mais pobres

A recente aprovação, pela Câmara dos Deputados, do PL que penaliza ocupações das terras é uma afronta à luta pela reforma agrária no Brasil. Sob a justificativa de combater invasões ilegais, a medida zomba da população, ignora a raiz das desigualdades sociais seculares e criminaliza movimentos legítimos que pressionam o Estado por distribuição justa de terra.

O movimento parte da bancada ruralista, formada por parlamentares da extrema direita fascinazista e tem como objetivo favorecer interesses do agronegócio. São sanções severas aos participantes de ocupações, como a exclusão de programas sociais do governo, proibição de participar de concursos públicos, exclusão do programa nacional de reforma agrária, perdendo o lote que ocupa e a impossibilidade de contratar o poder público em todos os âmbitos federativos.

É crucial entender que muitos assentamentos produtores de alimentos essenciais ao país foram conquistados através de ocupações, não concedidos de boa vontade pelo Estado. Criminalizar as práticas é, portanto, negar a história de luta e resistência dos trabalhadores rurais.

A luta pela reforma agrária é por diretos básicos aos mais pobres. Ao invés de punir quem busca justiça, o Congresso Nacional deveria fortalecer políticas públicas para o desenvolvimento sustentável do campo e da distribuição igualitária da terra.

Fonte: Seeb-Bahia - Por Camilly Oliveira



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