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22 de Agosto de 2022 às 11:10

Previdência privada beneficia só os bancos

A modalidade de previdência aberta vendida pelos bancos é o VGBL

Os bancos não têm qualquer compromisso social. Estão sempre de olho no dinheiro. Um bom exemplo é a previdência privada ou aberta. Boa parte do lucro fica com as empresas que ainda embolsam o incentivo fiscal previsto na legislação, enquanto o cidadão fica com parte do que foi investido. Na previdência fechada, é o contrário. Tudo é canalizado ao participante, que, no fim, aumenta o valor da aposentadoria complementar.

A modalidade de previdência aberta vendida pelos bancos é o VGBL. Em março, tinha patrimônio de R$ 860 bilhões e pagava benefícios no valor médio de R$ 5.351,00 para 6.248 aposentados e pensionistas. Em 12 meses encerrados em março, teve arrecadação líquida de R$ 31,46 bilhões, com contribuição média de R$ 1.613,00 mensais, segundo o último Relatório Gerencial de Previdência Complementar.

Já o patrimônio acumulado da previdência fechada foi de R$ 1,12 trilhão no mesmo período. Nos planos de Contribuição Definida – semelhante ao VGBL - pagava benefícios no valor médio de R$ 8.275,00. Como tem mais participantes, a arrecadação líquida em 12 meses foi de R$ 77,9 bilhões e a contribuição média, R$ 250,00.

Isenção

Os bancos usam 67% do que ganham com a previdência aberta para investir em títulos públicos federais, emprestando ao governo. O custo médio da dívida pública é de 10,9% ao ano. Mas o valor não volta para o VGBL. Tem mais, ainda se beneficiam com a isenção do Imposto de Renda. Sem isso, o governo poderia recolher R$ 14 bilhões, para investir no SUS e na educação.

Fonte: Seeb-Bahia



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