Prévia da inflação oficial, IPCA-15 desacelera pelo segundo mês em agosto
O IPCA-15, prévia da inflação oficial, registrou deflação de 0,05 em agosto. A desaceleração ocorre pelo segundo mês seguido, após ter recuado 0,09% em julho, de acordo com a pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira. No ano, o índice acumula alta de 3,21%, acima dos 2,95% constatados em igual período em 2009. Nos últimos 12 meses terminados em julho, o IPCA-15 acumula incremento de 4,44%, ante 4,74% observados no período imediatamente anterior. Em agosto de 2009 a taxa havia sido de 0,23%. A variação negativa de 0,05% registrada no IPCA-15 de agosto continuou sendo fortemente influenciada pelos alimentos, que caíram 0,68% no mês, contribuindo com o recuo de 0,15 ponto percentual no resultado do índice. Houve queda de preços em todas as regiões pesquisadas, sendo os mais significativos os resultados apresentados por Belo Horizonte (-1,52%) e Salvador (-1,86%). Em julho, a variação do grupo alimentação e bebidas foi de -0,80%. As principais quedas nos preços dos alimentos de um mês para o outro foram notadas nos preços da batata-inglesa (-22,06%), tomate (-21,89%), cebola (-9,26%), açúcar cristal (-8,10%), hortaliças (-8,00%), feijão carioca (-4,78%), açúcar refinado (-3,96%), e no leite pasteurizado (-1,93%). A batata-inglesa apresentou a mais expressiva contribuição: -0,06 ponto percentual. Mesmo com o recuo no valor dos alimentos, os custos com as refeições fora de casa se mativeram em alta de 0,71%. O item foi a maior contribuição no mês: 0,03 ponto percentual. As carnes também registraram alta de 0,03 ponto, com um aumento no preço de 1,36%. Já os custos dos produtos não alimentícios subiram subiram 0,14%, pouco acima dos 0,12% de julho. O item educação (passou de -0,02% para 0,37%), contribuindo com 0,03 ponto percentual para o resultado do mês, refletiu os resultados apurados na coleta realizada no mês de agosto a fim de obter a realidade do segundo semestre do ano letivo. Os cursos (ensino formal) variaram 0,33% e os cursos diversos (informática, idioma) variaram 0,97%. O grupo transportes passou de -0,36% para 0,02%. O litro do etanol, que havia caído 3,15% no mês de julho, passou a custar 4,99% a mais, enquanto a gasolina, com -0,53% em julho, apresentou aumento de 0,31% no mês de agosto. Além disso, foi menos expressiva a baixa nos preços dos automóveis novos (de -1,16% para -0,56%) e usados (de -2,22% para -0,12%), acrescentando-se a queda nas tarifas aéreas (de 9,16% para -10,31%). Fonte: Folha.com