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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Prevenção no Trabalho deve ser diário

Dia 27 de Julho é a data em que se lembra da prevenção de acidentes no Trabalho. Em Dourados o CEREST- Centro de Referência do Trabalhador tem acompanhado de perto os casos vividos no dia-a-dia do trabalhador. A coordenadora do CEREST-Dourados Glória Eunice fez um balanço do cenário nacional. Leia matéria. Dia 27 de julho, data em que se comemora o “Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho”. Não há o que comemorar mas, há o que refletir. Dados previdenciários nos apresentam um cenário do Brasil, em ralação aos acidentes e doenças que acometem a classe trabalhadora. É certo que o risco de morrer e adoecer em função do trabalho é maior que outros países. Essa possibilidade se multiplica por duas e sete vezes.  Período 1999 a 2003 (Dados do MPS):  1.875.190 - acidentes de trabalho registrados, sendo: • 15,293 – óbitos • 72.020 – com incapacidade permanente • Média de 3.059 – óbitos por ano • Coeficiente de 14.84 por 100.000 A estimativa da Organização Mundial OMS, apenas 1% a 4% das doenças do trabalho são notificados na América Latina. Em 2003 os gastos foram de R$ 82 bilhões em benefício à classe trabalhadora exposta a agentes prejudiciais a saúde, agressão a integridade física, sem computar a redução de contribuição e a retirada de milhares de trabalhadores(as) do mercado de trabalho. Os dados apresentados são apenas de trabalhadores(as) formais, apesar das sub-notificações que se devem pela resistência, de algumas empresas em admitir que seus funcionários foram acometidos de doenças e/ ou acidentes de trabalho. Resistem e sonegam direitos dos(as) trabalhadores(as) deixando de emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT quando seus funcionários adoecem ou são acidentados em função de seu trabalho. O senso comum culpabiliza o(a) trabalhador(a), fazendo análise injusta dos efeitos e não busca as causas que levam trabalhadores(as) solicitar da Previdência Social direitos que não receberam no seu ambiente de trabalho. “Se você é trabalhador no Brasil, MESMO COM CARTEIRA ASSINADA, você tem duas vezes mais chance de adoecer que os trabalhadores do Canadá e sete vezes mais que os finlandeses”. Atenciosamente, Glória Eunice Nunes Pereira Coordenadora do CEREST- Dourados/ MS



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