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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Pressionada, Câmara recua em projetos polêmicos

Pressionada pela sociedade e seus segmentos organizados, a Câmara Municipal de Dourados, na sessão desta terça-feira à noite, recuou mais uma vez em relação a dois projetos polêmicos: um que previa mudanças no horário de funcionamento do comércio e tornava facultativo o feriado do aniversário da cidade, 20 de dezembro, e o outro que proíbe a queimada de canaviais e limita a área de plantio de cana. O vereador Eduardo Marcondes (PMDB), autor do projeto que previa mudanças no horário do comércio e o ponto facultativo no dia 20 acabou desistindo da proposta. O presidente do Sindicato dos Comerciários de Dourados, Pedro Lima, disse que isso significa que esse assunto não será mais discutido neste ano. “Foi um avanço da classe trabalhadora e de quem gosta de Dourados (...) prevaleceu a união do Comitê de Defesa Popular, do Centro Cívico 20 de Dezembro e dos pioneiros”. Durante à tarde os vereadores estiveram reunidos com representantes das entidades representativas do comércio e do Sindicato dos Comerciários para ver se chegavam a um acordo, mas não houve consenso. O projeto ambiental, por sua vez, ganhou a rápida adesão de acadêmicos e de alguns empresários da cidade. Faixas instaladas no recinto na Câmara e do lado de fora continham conteúdo intimidador. Durante à tarde, o autor do projeto, vereador Elias Ishy (PT), disse ao douradosinforma que havia um acordo para adiar a votação para a sessão de 26 de junho, dando mais tempo para se discutir o assunto. No entanto, o projeto também esteve na pauta de votação. O recuo estratégico, mais uma vez, evita um desgaste popular em um ano que antecede o processo eleitoral, mesmo porque são duas matérias polêmicas e com forte apelo popular tanto no aspecto ambiental como no sentido de se preservar o feriado que é um marco histórico do Município. Durante a reunião para se discutir as mudanças no horário do comércio, os empresários e vereadores ouviram, mais uma vez, que uma alteração abriria um forte procedente e se hoje os comerciantes pudessem abrir no dia do aniversário, amanhã outras categorias também poderiam ser prejudicadas com o princípio da isonomia. Os empresários, por sua vez, usam o mesmo argumento: fechar no dia 20 de dezembro, quase às vésperas do Natal, favorece o comércio do Paraguai, a 100 km de Dourados e a evasão de consumidores locais. Mas a experiência tem mostrado que quem quer fazer compras no país vizinho o faz independente de feriado. É assim com outras datas importantes para o setor. A questão ambiental, no entanto, ainda estimula a “queda de braço”, mas os vereadores que apóiam os usineiros temem os desdobramentos de uma decisão que pode causar estragos políticos futuros. Fonte: douradosinforma



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