Pressão muda postura e Caixa faz nova proposta
Em reunião que se prolongou até as 2h30 da manhã desta terça-feira, banco apresenta novo valor para a PLR, unificação da tabela salarial do PCS, não desconto dos dias parados, entre outros pontos. Comando Nacional reúne-se para avaliar proposta ainda nesta manhã. Caixa assume compromisso de cancelar audiência no TST Na tarde de segunda-feira, depois de muita pressão dos bancários junto ao governo e à direção da empresa, a Caixa Federal entrou em contato com o Comando Nacional dos Bancários marcando reunião para o mesmo dia às 20h. A Caixa assumiu o compromisso de respeitar o que foi negociado com a Fenaban, como reajuste de 6% e pagamento da 13ª cesta-alimentação, entre outros itens. Em relação às negociações específicas apresentou nova proposta, que tem entre seus principais pontos Participação nos Lucros e Resultados, PLR, anual de R$ 4.100 para empregados sem cargo de comissão e de R$ 4.362,84 para os que detêm esses cargos. O pagamento da primeira parcela, equivalente a 60% do total, seria feito dez dias após a assinatura do acordo. A segunda parcela, de 40%, paga em março de 2008, seria acrescida de R$ 600 desde que a variação do lucro anual da Caixa seja superior a 15% em 2007 em comparação com o ano anterior. Outro ponto importante é que a direção do banco aceita discutir a isonomia no Plano de Cargos e Salários, PCS, com a unificação das tabelas. A referência 101 da tabela do PCS pós-98, corrigida pelo índice da Fenaban, de 6%, seria o piso da nova tabela. O teto seria o valor da referência 95 da tabela pré-98, com aplicação, além do reajuste de 6%, da correção da curva relativa aos R$ 30 pagos na campanha nacional de 2004 e um terço relativo às vantagens pessoais. Foi acertado, ainda, cronograma de implantação, devendo as negociações do PCS serem iniciadas 30 dias após a assinatura do aditivo à Convenção Coletiva, com finalização da proposta até 30 de abril e implantação até 1º de julho de 2008. O ingresso na nova tabela se dará por adesão e aproximação. Será garantida a não redução salarial. A forma de progressão será por antigüidade e merecimento, cujos critérios também serão negociados até 30 de abril de 2008. A Caixa também se comprometeu a fazer parcelamento do adiantamento de férias em 10 vezes. Aplicar a menor taxa de juros existente para os empréstimos em consignação e garantir no texto do acordo aditivo o direito de permanecer no Saúde Caixa ao empregado que tenha se aposentado pela Previdência oficial em efetivo exercício no banco. Em relação à política de acesso à internet, assumiu o compromisso de abrir negociações num prazo de 30 dias após a assinatura do aditivo à Convenção Coletiva. Outro ponto importante foi a garantia de contratação de mais 3.000 empregados até dezembro de 2007 e a abertura de concurso público nacional para formação de banco de candidatos, com exceção de São Paulo e Rio de Janeiro, cujos concursos foram realizados no ano passado e encontram-se em vigor. Há, ainda, o compromisso de conceder 4.100 bolsas de incentivo para graduação em 2008, outras 4.000 bolsas para cursos de idiomas (inglês, espanhol e japonês) no valor de R$ 1200/ano por empregado, de pagar tíquetes para os novos empregados no mês da contratação, pagar o auxílio-creche a partir do 1º mês de nascimento do filho (hoje é a partir do 3º), incluir os aposentados do PMPP na Funcef, reabrir o saldamento do REG/Replan até 31/12/2007 e converter até 30 dias de licença-prêmio e Apip em espécie. A direção do banco também comprometeu-se a não descontar os dias parados na greve até 9 de outubro e solicitar o cancelamento da audiência de Conciliação agendada para as 14h de hoje no TST. do o país.