Poucos dias depois da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), concordou em negociar a proposta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e das demais centrais sindicais, de redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem alteração nos salários. A principal exigência dos mais de 40 mil trabalhadores que se reuniram em Brasília no dia 11 de novembro foi justamente a aprovação da diminuição do período semanal de trabalho. Na ocasião, os representantes das centrais entregaram a reivindicação para o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A redução está prevista pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC 231/95), mas ainda não há prazo para a votação da questão pelo Legislativo. 2 milhões – Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas deve gerar pelo menos 2 milhões de novos postos de trabalho, além do aumento da massa salarial, fortalecimento do mercado interno e melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores.