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22 de Julho de 2015 às 23:59

Presidente da Câmara Eduardo Cunha pode ser afastado

Ao que tudo indica, os dias de Eduardo Cunha na presidência da Câmara Federal estão contados. A delação de Júlio Camargo, consultor das empreiteiras Toyo Setal e Camargo Corrêa, de que o deputado teria cobrado propina no valor de US$ 10 milhões para viabilizar obras na Petrobras é a tampa do caixão político do parlamentar.
Um dos deputados mais reacionários e conservadores da Câmara Federal, Cunha já vinha escapando de escândalos há algum tempo. Mesmo assim, conseguia ampliar o raio de atuação, graças ao lobby que fazia para vários setores. Na votação do projeto da terceirização, por exemplo, operou fortemente para favorecer o setor empresarial, como a Fiesp e a Fenaban.
O mesmo aconteceu com o financiamento privado de campanha eleitoral. Foi Cunha quem liderou a votação para aprovar a doação das empresas. Com a redução da maioridade penal foi ainda mais longe. Um dia depois de ser derrotado, fez uma manobra e colocou o projeto de novo em votação.
É também contra a união de pessoas do mesmo sexo e autor do projeto de lei que reduz de 100 para duas as multas que os planos de saúde devem pagar quando ferirem o Código do Consumidor.
Agora, com o depoimento de Júlio Camargo à Polícia Federal, os deputados que garantiam o poder de Eduardo Cunha devem pular o barco e, mais cedo ou mais tarde, a casa do presidente da Câmara Federal vai cair.



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