Porque a greve na Caixa terminou em Dourados
A ameaça da CEF de ajuizar o dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, caso os bancários não encerrassem a greve, foi respondida pelos empregados na sexta-feira, dia 5, com mais paralisações. A greve, que começou na quarta-feira com o fechamento de 70% dos postos de trabalho no Brasil inteiro, cresceu e já atinge 80% das agências e departamentos do banco. Em Dourados infelizmente uma manobra da área gerencial impediu com que o movimento grevista continuasse e fortalecesse ainda mais a paralisação nacional. Entenda porque a greve parou em Dourados Em assembléia realizada na sede do Sindicato dos Bancários de Dourados na sexta-feira, a maioria votou pelo fim da greve. Hoje na Caixa Econômica a maioria tem função (cargo), foi esse grupo que votou contra a greve e ainda ameaçou os funcionários com cargos inferiores caso votassem pela manutenção da greve. Na sexta-feira, o Superintendente Regional esteve reunido a portas fechadas com os gerentes e foram “orientados” pelo mesmo para acabar com a greve. O fato mais lamentável que ocorreu é que usaram de mentiras, disseram que a CEF, vai fechar e que se isso ocorrer a culpa é dos grevistas. Chegaram a citar que alguns políticos da região estão preocupados com a greve porque atrapalha a sociedade. Interessante dizer que a Caixa Econômica fechou várias agências na região, dentre elas Caarapó, Rio Brilhante, Glória de Dourados e nenhum desses políticos manifestou preocupação com o trabalhador e nem mesmo com a sociedade. O Sindicato dos Bancários de Dourados, entretanto, não está repudiando a vontade da maioria que esteve na assembléia, até porque é na assembléia que se discute, o que o Sindicato lamenta é a forma como alguns administradores, usados, e conforme eles mesmos mencionaram que foram “orientados” a votar contra a greve para não prejudicar a empresa, usam de suas funções para intimidar e coibir a vontade de uma grande maioria em nível nacional em não aceitar a proposta rebaixada da empresa. Os gerentes mentiram deliberadamente ao afirmar que a proposta apresentada pela Caixa tinha um aumento de seiscentos reais a mais em relação à proposta da Fenaban, mentira, e o que é mais grave, ao serem contestados na assembléia utilizaram-se da seguinte indagação “se a gente não confiar na nossa empresa em quem vamos confiar?”. Pois a verdade é que mentiram e ainda usaram o nome da empresa para sustentar suas mentiras e ludibriar os presentes na assembléia para que votassem contra a greve.