Os dados constam na Síntese de Indicadores Sociais, pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada ontem. Os jovens representam a faixa da população que mais sofre com a pobreza no Brasil. Enquanto 30% dos brasileiros são considerados pobres, ou seja, pessoas que vivem com rendimento mensal familiar de até meio salário mínimo “per capita”, entre as pessoas de 0 a 17 anos esse percentual sobe para 46%. Os jovens que desfrutam de um rendimento mensal familiar de mais de 5 salários mínimos são apenas 1,7%. A região Nordeste tem os maiores índices de pobreza. O quadro se repete também na juventude, faixa etária onde 68,1% são considerados pobres. Desses, 36,9% vivem apenas com um quarto do salário mínimo de rendimento mensal familiar. As regiões Sul e Sudeste apresentam os melhores números para as pessoas da mesma idade, com índices que variam entre 30% e 32%, respectivamente. No conjunto, a representação das pessoas com idade entre 0 e 24 anos diminuiu nos últimos 10 anos. As crianças, adolescentes e jovens representavam 50% da população em 1997 e, em 2007, eram 43,4% do total. A queda na taxa de fecundidade é um importante fator para explicar a diminuição. Em 2007, a média era de 1,95 filho por mulher, enquanto há 10 anos a taxa era de 2,54 filhos. Com isso, a faixa etária de 0 a 6 anos, separadamente, foi a que mais diminuiu neste período. O grupo representava 13,6% da população e agora é apenas 10,5% do total.