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6 de Junho de 2010 às 23:59

Petroleiros lembram os 15 anos da greve de 95 e recebem apoio de Dilma

A Cerimônia oficial de abertura da II Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros (Plenafup) foi realizada na noite de quinta-feira, dia 3, em Brasília, com uma surpresa. Foi uma homenagem aos 15 anos da greve de 1995, completados em maio deste ano. Foi exibido um vídeo com as principais imagens das refinarias ocupadas pelos tanques do exército, na época do governo FHC. A emoção dos delegados foi grande ao relembrar toda a história de resistência que impediu a privatização da Petrobrás. Após a exibição do vídeo, alguns sindicalistas que fizeram parte do comando da greve foram homenageados, como o ex-coordenador da FUP, em 95, Antonio Carlos Spis, o atual diretor da secretaria de formação da Federação que também participou ativamente do movimento, Daniel Samarate, e a única mulher que na época fez parte da direção da Federação, Luiza Botelho. Dilma presente A pré-candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) prestigiou nesta sexta-feira, dia 4, o encontro dos petroleiros. Em seu discurso, ela ressaltou a enorme luta dos trabalhadores em defesa da Petrobras e da soberania nacional. Dilma relembrou que a greve de 95 foi um desses momentos de resistência. "Aqueles que resistiram em vários momentos, hoje acreditam que esse país pode superar desafios ao construir a maior empresa de petróleo do mundo. Benditos aqueles que resistiram, lutaram e hoje descobriram o pré-sal. Vão proporcionar um futuro muito mais feliz para todos nós", disse. Ela aproveitou para atacar os tucanos, recordando as privatizações. Também acusou o governo Fernando Henrique Cardoso de tentar sucatear e privatizar a Petrobras, por "subserviência" aos grandes investidores estrangeiros. "Não temos que ter vergonha de ser nacionalista", disse ela, citando episódio em que o governo anterior tentou mudar o nome da estatal petrolífera para Petrobrax. "Trocar o 's' pelo 'x' era transformar o 's' de Brasil em 'z'", afirmou a ex-ministra. Vestida com colete da FUP, Dilma disse que era com subserviência que o governo anterior tratava o patrimônio do país. "E o Brasil foi mais respeitado por isso? Não. Foi respeitado quando pagou a dívida externa e dispensou o Fundo Monetário Internacional", discursou ela. Dilma pegou o gancho de discurso feito pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, que afirmou que o governo do PSDB e do ex-PFL(agora DEM) tentou privatizar a estatal petrolífera. "Essa era a estratégia 'comer pelas beiradinhas, que nem mingau'", afirmou ele. "Comer pelas beiras era desvalorizar os trabalhadores", disse Dilma. "Eles pararam de investir em refinarias, em petroquímica" e em recursos humanos, continuou ela, voltando a qualificar o óleo da camada do pré-sal como "riqueza mineral que será transformada em riqueza social e humana". Usando algumas citações feitas pelo presidente Lula, Dilma fez até uma tentativa de usar o futebol como tema, afirmando que "os petroleiros são a pátria de capacete e macacão". Ela explicou que parodiava o escritor Nelson Rodrigues, que teria dito que "a seleção era o Brasil de calção e chuteira", sobre a seleção de futebol. Dilma ouviu vários refrões dos petroleiros, como "Tu és a mãe do Brasil." Fonte: FUP e Valor Econômico



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