PEC 32: luta para derrotar a medida nefasta

Proposta deve ser votada ainda esta semana na Câmara
Como a PEC 32, a reforma administrativa do governo Bolsonaro, será apreciada pela Câmara Federal nesta semana, a mobilização dos trabalhadores nas esferas municipal, estadual e federal junto às entidades representativas tem de ser mantida a todo vapor. Se a matéria for aprovada, servidores públicos e os serviços prestados à população serão bastante prejudicados.
O governo acha pouco todos os ataques. Jair Bolsonaro tenta desmontar o país e deixar o povo carente de serviços públicos em áreas essenciais como saúde e educação, além de abrir caminho para a privatização dos bancos públicos: BB, Caixa e BNB. Vende a PEC 32 como solução para equilibrar as contas públicas, pois usa, de forma irresponsável, a justificativa que o Estado “custa muito e entrega pouco”.
O Atlas do Estado Brasileiro do Ipea mostra o contrário. Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada de 2017 apontou que 48% dos funcionários públicos ganham até R$ 2,5 mil por mês. No nível municipal, o número de servidores com esse salário médio é de 61%. A reforma administrativa vai atacar exatamente os trabalhadores que fazem parte da base do serviço público brasileiro.
A Febrafite (Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais) revela ainda que, no Brasil, a porcentagem de servidores públicos em relação à população empregada é de 12,5%. Nos países desenvolvidos é, em média, de 17,88%. Barrar a PEC 32 é a solução.