19/11/2005 As grandes empresas puseram o pé no freio e reduziram drasticamente os pedidos de empréstimos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As consultas à instituição em outubro somaram R$ 7,047 bilhões, com queda de 62% em relação aos R$ 18,5 bilhões contabilizados em outubro de 2004. As consultas representam a primeira das quatro etapas até a liberação de recursos e caíram muito desde o início da crise política. Em junho, por exemplo, as consultas somaram R$ 11,2 bilhões - foram R$ 10 bilhões em abril e R$ 8,2 bilhões em maio. Em termos acumulados, as consultas somaram R$ 72,4 bilhões até outubro, com queda de 13% sobre o período de janeiro a outubro de 2004. Até os desembolsos do banco têm sido mais lentos. No mês passado, foram liberados apenas R$ 2,642 bilhões, queda de 33,7% sobre outubro do ano passado, elevando o acumulado no ano para R$ 33,896 bilhões. Para atingir a meta de R$ 50 bilhões em 2005, o BNDES terá de liberar mais de R$ 8 bilhões nos dois últimos meses do ano. As operações do BNDES sinalizam o ânimo das grandes empresas investir, já que o banco estatal é uma das poucas fontes de recursos a longo prazo no País, com juros menores. A maioria dos empréstimos tem como referência a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), 9,75% ao ano, quase a metade dos 19% da Selic. Os dados do BNDES mostram que os setores de papel/celulose e a indústria extrativa são uns dos poucos que investem mais este ano do que em 2004. Tiveram operações aprovadas no valor de R$ 3,126 bilhões até outubro, com aumento de 3,717% em relação ao mesmo período do ano passado. A indústria extrativa recebeu R$ 2,013 bilhões em aprovações, alta de 2.615% no período. O segmento de transporte, especialmente os clientes da Embraer, continua sendo o que mais recebe apoio do banco, com R$ 6,930 bilhões em operações aprovadas de janeiro a outubro, com aumento de 25% sobre igual período de 2004. A única etapa que registrou aumento no mês passado em relação ao mesmo mês de 2004 foi o referente às aprovações: R$ 7,117 bilhões, com crescimento de 47,4% sobre outubro do ano passado e acumulado no ano de R$ 42,426 bilhões. Fonte: Site-ibest.com.br Topo | Voltar