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12 de Julho de 2010 às 23:59

Patrimônio milionário de Puccinelli chama atenção da imprensa nacional

A Revista Veja noticiou nesta sexta-feira (9), no blog das Eleições 2010 da publicação nacional, a "exorbitante fortuna do candidato à reeleição ao governo do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB)". André causou espanto ao declarar, neste ano, um patrimônio de 5,37 milhões de reais. Comparado com a declaração que Puccinelli apresentou em 1997, quando foi candidato a prefeito de Campo Grande, o valor milionário representa, segundo a Veja, um aumento de 468% na riqueza do político. "Se há 13 anos ele não tinha nem o status de milionário, agora superou em cinco vezes a quantia de um milhão – desconsiderando a inflação do período", analisa a reportagem. A revista de circulação nacional diz que a fortuna juntada no período em que André Puccinelli esteve à frente da prefeitura da capital sul-mato-grossense e do governo estadual estaria "na mira da justiça". Respondendo a um processo desde 2007, o governador e a esposa dele, Elisabeth Maria Machado Puccinelli, que são casados em comunhão de bens, são acusados de enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e fraudes em licitação, segundo a Veja. A assessoria de imprensa do governador, procurada pela reportagem para falar sobre a veiculação da notícia na imprensa nacional, reconheceu a existência do processo citado. "Nesse processo ai o André já foi absolvido duas vezes. Por unanimidade o TCU e a PGU já julgaram favoravelmente as contas do governador". Ainda segundo a assessoria, André Puccinelli não falará sobre o assunto com a imprensa, porque já teria deixado todas as informações a respeito da evolução patrimonial disponíveis para a Justiça Eleitoral. "O governador, além da declaração de bens, disponibilizou os extratos bancários dele nos últimos dez anos e inclusive desafiou os adversários a fazer o mesmo". Entenda o Caso De acordo com a reportagem da Revista Veja, o Ministério Público estranhou o valor em cash de 1,49 milhão de reais que seriam guardados por Puccinelli e foram declarados à Justiça eleitoral em 2006. O valor seria incompatível com os rendimentos do governador, então prefeito de Campo Grande. Veja levanta a suspeita de que a origem da fortuna de André Puccinelli passaria pelo beneficiamento de empresas de um antigo tesoureiro de campanha de André em contratos de obras da prefeitura de Campo Grande, ocupada pelo atual governador durante oito anos. Blindado pela Assembléia Legislativa Além de falar sobre a admirável expansão na fortuna do governador de Mato Grosso do Sul, atual candidato do PMDB à reeleição, a revista conta que Puccinelli entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal em maio deste ano para tentar anular o processo. O advogado de André usou o fato de que a Assembléia Legislativa do Mato Grosso do Sul negou pedido da Justiça para iniciar uma ação penal contra os acusados. "Sem a autorização, o processo fica paralisado até o término do mandato, já que a Constituição estadual proíbe o andamento de processo criminal ontra governador se não houver aprovação da Assembléia", informa a Veja. VEJA ABAIXO A MATÉRIA DA REVISTA VEJA NA ÍNTEGRA: Governador que aumentou patrimônio em 468% é investigado pelo MP A exorbitante fortuna do candidato à reeleição ao governo do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), está na mira da Justiça. Ele declarou, este ano, ter um patrimônio de 5, 37 milhões de reais, o que representa um aumento de 468% em relação ao que possuía em 1997. Ou seja, se há 13 anos ele não tinha nem o status de milionário, agora superou em cinco vezes a quantia de um milhão – desconsiderando a inflação do período. O governador e sua esposa, Elisabeth Maria Machado Puccinelli, (casados em comunhão de bens) respondem a um processo desde 2007. Na época, o Ministério Público estranhou o valor em cash de 1,49 milhão de reais guardados por Puccinelli e declarados à Justiça eleitoral em 2006. O valor seria incompatível com os rendimentos do governador, então prefeito de Campo Grande. Na declaração deste ano, ele não mencionou posse de dinheiro em espécie. O casal é acusado de enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e fraudes em licitação. A procuradoria suspeita que empresas de João Amorim, tesoureiro da campanha de Puccinelli em 1996 e 2000, teriam sido beneficiadas em contratos de obras da prefeitura de Campo Grande. Passaria por aí a origem da fortuna do governador. Habeas corpus – A defesa de Puccinelli entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal em maio deste ano para tentar anular o processo. O advogado argumenta que a Assembléia Legislativa do Mato Grosso do Sul negou pedido da Justiça para iniciar uma ação penal contra os acusados. Sem a autorização, o processo fica paralisado até o término do mandato, já que a Constituição estadual proíbe o andamento de processo criminal contra governador se não houver aprovação da Assembléia. A assessoria de Puccinelli afirma que todas as decisões tomadas até agora na Justiça, em primeira e segunda instâncias, foram favoráveis ao governador: “Ele já foi inocentado em todas as instâncias cíveis e criminais do estado”. O governador não quis dar entrevista a VEJA.com. (Luciana Marques) Fonte: Site Midiamax e Revista Veja



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