Desde 2003, primeiro governo Lula, a política de valorização do salário mínimo tem ganho real de 89,7%

O reajuste do salário mínimo, que passou para R$ 1.412,00, ajuda a aliviar as contas dos brasileiros e também movimenta o comércio. Bom para a economia. A estimativa é de que o novo valor injete R$ 69,9 bilhões no mercado interno. Não para por aí. Aquece ainda a geração de emprego.

Cerca de 60 milhões de pessoas no país com renda têm o piso como referência, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

O ganho real com o novo valor é de 5,77%, considerando a inflação medida pelo INPC-IBGE de maio a dezembro. Já o aumento nominal foi de 6,97% para uma inflação de 1,14% no período. Desde 2003, primeiro governo Lula, a política de valorização do salário mínimo tem ganho real de 89,7%.

A medida é essencial para elevar o poder de compra da população, principalmente a mais pobre. Para se ter ideia, neste mês, a relação entre o mínimo e a cesta básica é a maior desde setembro de 2020, aponta o Dieese. Com isto, na média, o piso compra 1,83 cesta, ante 1,59 em 2022.

Vale lembrar que o governo Bolsonaro realizou quatro correções no valor do salário mínimo ao longo de seu mandato (2019-2022). Nesse período, o valor do piso nacional passou de R$ 954,00, em dez./18, para R$ 1.212,00, o que significou valorização real de apenas 1,2% do SM, quando comparado a variação da inflação medida pelo INPC-IBGE, só neste primeiro ano do terceiro mandato do governo Lula o ganho real é de 5,77%.