No Brasil de Bolsonaro, fome da população supera a média global
O índice de brasileiros que não têm garantia de que vão conseguir fazer as três refeições básicas saiu de 17% em 2014 para 37% no fim de 2021
Mais um retrocesso para a conta de Jair Bolsonaro. Pela primeira vez na história, a insegurança alimentar do Brasil ultrapassou a média mundial. Com o aumento da miséria, resultado a política ultraliberal imposta à nação desde o golpe de 2016, cerca de 116 milhões de pessoas vivem com risco de passar fome.
Segundo relatório global Gallup, o índice de brasileiros que não têm garantia de que vão conseguir fazer as três refeições básicas saiu de 17% em 2014 para 37% no fim de 2021, justamente o período que compreende a construção do golpe e o avanço do ultraliberalismo no país. No mundo, de acordo com o levantamento, o índice é de 35%.
O desemprego elevado, a inflação alta e sem controle, o aumento do custo de vida e a redução da renda dos brasileiros, principalmente dos mais vulneráveis, contribuem para o aumento da insegurança alimentar e ameaça de fome.
A situação é tão grave que, no ano passado, entre os 20% mais pobres, três em cada quatro pessoas - o equivalente a 75% -, não tiveram dinheiro para comprar comida. Com o aumento de brasileiros em risco de passar fome, o país se aproxima das nações com maiores taxas, como Zimbábue (80%).