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16 de Setembro de 2016 às 16:46

No 11º dia de greve bancos pressionam bancários a ceder as perdas

Foi dia em que os bancos Itaú e Bradesco tentaram de todas as formas pressionar os trabalhadores e impor métodos para confundir a sociedade de que a greve já está acabando, porém para a greve acabar eles precisar apresentar uma proposta decente.

Uma das medidas foi que alguns gerentes receberam ligação após das 21h e tiveram que se deslocar sozinhos para a frente das agencias e tirar as faixas e cartazes da greve.

O movimento sindical recebeu a denuncia e conseguiu fotos da ação, o que foi considerado um abuso esse tipo de pressão. Outra ação foi convocar os funcionários a ir para as agencias e forçar a entrada durante o movimento que está sendo conduzido pacificamente.

O bancários não vão ceder a essa pressão e todo tipo de coerção a luta nós iremos denunciar e não vamos aceitar, informa Ronaldo Ferreira Ramos.

Segundo informa a Contrafcut, foi uma retaliação organizada pelos bancos pela recusa dos bancários e bancárias em aceitar resignadamente a redução dos seus salários. Foi mais uma ação antissindical infrutífera. Confundiram a sociedade mas não nos derrotaram. Mais uma vez prevaleceu a vontade, a garra e a determinação de cada bancário e bancária. Prevaleceu a nossa unidade nacional e a nossa mobilização.

A greve aumentou.

Os bancários intensificaram a paralisação da categoria em seu 11º dia greve. A paralisação atingiu 12.727 agências e 52 centros administrativos em todo o pais, nesta sexta-feira (16).  A greve continua devido à intransigência dos banqueiros, que na última rodada de negociação, realizada no dia 15/9 quando mantiveram a proposta rebaixada de 7% de reajuste nos salários, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3,3mil.

Principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.

PLR: 3 salários mais R$8.317,90.

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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