Nesta terça tem negociação e categoria bancária exige proposta decente já
Trabalhadores também realizam mobilização nas redes sociais, das 10h às 12h (Horário de Brasília), para aumentar pressão sobre os bancos
Nesta terça-feira (20), bancárias e bancários entram na 8ª rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A categoria exige que, neste encontro, os bancos entreguem uma proposta completa que corresponda às reinvindicações dos trabalhadores.
A categoria ainda realizará, das 10h às 12h (Horário de Brasília), uma ação nas redes sociais com a hashtag #JuntosPorValorização, com a orientação de que todos marquem a Febraban (@febraban_oficial) nas postagens.
"Em 2023, os bancos lucraram R$ 145 bilhões no Brasil. Nós estamos falando de lucro, já descontado impostos, provisões, gastos com funcionários e equipamentos. No primeiro semestre deste ano, quatro dos cinco maiores bancos do país, que já apresentaram seus resultados (Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco) lucraram juntos R$ 53,6 bilhões. Nós exigimos que apresentem propostas de reajuste salarial, porque estamos no fim da campanha nacional de renovação da CCT", explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
As negociações entre o movimento sindical bancário e a Fenaban, para a renovação da CCT, começaram em 18 de junho e precisam terminar antes da data base da categoria, que é em 1º de setembro.
As principais reivindicações deste ano para remuneração da categoria são:
• Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.
• Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
• E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.
Os trabalhadores reivindicam ainda:
• Fim da gestão por metas abusivas, que tem gerado adoecimento na categoria;
• Reforço dos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;
• Direito à desconexão fora do horário de trabalho;
• Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
• Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;
• Mais mulheres na TI;
• Combate à terceirização e garantia de empregos;
• Jornada de trabalho de quatro dias;
• Ampliação do teletrabalho.
Sobre o tuitaço
Na última ação de rede, realizada em 13 de agosto, os bancários alcançaram novamente o 2º lugar nos assuntos mais falados no X (ex-Twitter) do Brasil, num período de apenas uma hora, totalizando mais de 1,2 milhões de alcances no dia, segundo o monitoramento da BrandMentions.
"É fundamental a participação de todos e todas nas ações de redes sociais, para fortalecer a categoria e mostrar para os bancos que os trabalhadores estão organizados e sabem o que querem", destaca Juvandia Moreira, lembrando ainda que a minuta de reivindicações, entregue aos bancos, foi construída com base em pesquisa nacional com quase 47 trabalhadores de todo o país.
Fonte: Contraf-CUT