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4 de Dezembro de 2009 às 22:59

Negociações na Caixa não avançam

Em rodada de negociação específica entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e a Caixa, realizada dia 2 de dezembro o banco frustrou os empregados ao apresentar apenas as linhas gerais do PCS sem a descrição dos valores dessa tabela. A proposta apresenta 15 níveis, com 15% de diferença entre eles, e acaba com as classes de filiais e mercados. Além disso, altera a nomenclatura dos cargos e os agrupa reduzindo de 119 para 56 funções mantendo os quantitativos. Também realinha os cargos hierarquicamente de acordo com a complexidade, a responsabilidade e as atribuições. Os empregados migrarão do PCC para o PFG de maneira automática no cargo correspondente. Nesse processo de migração poderá ocorrer redução de remuneração básica, tendo em vista a reclassificação. Para garantir a irredutibilidade negociada na campanha salarial de 2009, a empresa propôs a criação do mecanismo APA - Adicional Provisório de Ajuste do PFG. A CAIXA, porém, vincula a implantação do PFG à solução das jornadas da carreira técnica, reduzindo de 8 para 6 horas com redução proporcional do salário. O banco afirma ainda que esta redução só pode acontecer por acordo coletivo. Pelo acordo aditivo já firmado neste ano, a implementação do PFG deveria acontecer, no máximo, no fim deste ano, mas a empresa já projeta que isto pode só ocorrer no 1º trimestre do ano que vem com efeito retroativo até a data da redução da jornada. Tentando colocar um problema que deve ser resolvido pela direção do banco no colo dos trabalhadores, os representantes da empresa afirmaram que "quanto mais rápido decidir a jornada, melhor para decidir o PFG". A medida é totalmente contrária à proposta defendida pelos trabalhadores, que reivindicam jornada de 6 horas para todos os empregados sem diminuição de salário. Ainda este mês deve ser apresentada uma proposta de regime de transição no que se refere à redução da jornada de trabalho. Condições de trabalho Os representantes dos trabalhadores entregaram um laudo referente aos exaustores instalados recentemente pela CAIXA nas bancas de penhor. O estudo foi contratado pelo sindicato dos bancários do Ceará e constata que os equipamentos são inadequados para os objetivos propostos. O banco recebeu o documento e disse que vai solicitar outro laudo técnico. A Contraf-CUT frisou que a questão deve ser apurada rigorosamente e os equipamentos devem ser substituídos. Os empregados também apresentaram a denúncia de utilização de funcionários que não fazem parte do quadro de concursados da empresa para atividades exclusivas, a exemplo de abertura de contas e avaliação de risco. Essa prática acontece nas agências mineiras de Guaxupé e Muzambinho e é disseminada pelo país. A empresa informou que coíbe esse tipo de conduta e que irá averiguar esses casos. Eleição Cipas A empresa informou que a eleição nas unidades que não têm Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) constituída se dará por meio eletrônico em março de 2010. Processo Seletivo Interno Os representantes dos empregados cobraram da Caixa mudanças na RH 040, que acaba prejudicando, por exemplo, trabalhadores que estiveram afastados do exercício de suas funções por motivos de saúde. De acordo com a regra, eles adquirem menos pontos e têm suas chances de crescimento profissional reduzidas. A empresa informou que está ajustando a normativo. Dias parados A CAIXA informou que está avaliando a proposta dos trabalhadores junto ao conselho diretor e que até a próxima semana informará as entidades.



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