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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Negociações com o BB terminam em impasse

Terminaram em impasse as negociações realizadas ontem entre a Comissão de Empresa dos Funcionários e o Banco do Brasil. O BB insistiu na compensação dos dias parados durante a greve e os bancários querem a anistia. “Mostramos para eles que a greve foi justa, tanto que conseguimos melhorar em 50% o índice de reajuste e em 70% no caso do abono. Mas as discussões ainda não avançaram e esperamos uma resposta do banco na próxima rodada de negociações, marcada para o dia 3”, afirmou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa. Os bancários também listaram todos os itens da Convenção Coletiva assinada com a Fenaban e assinalaram os que querem ver implementados pelo banco e os que precisam de ressalvas. O banco também ficou de dar um posicionamento no próximo encontro. Parcela Previ – Está confirmado para o período que vai de 21 a 29 de novembro o plebiscito para os bancários do BB decidirem se aceitam ou não o novo valor da Parcela Previ proposto pelo banco. O BB concordou com a utilização do sistema interno e a votação será feita por meio do SISBB. A Comissão de Empresa cobrou ainda a possibilidade das diferenças causadas pela nova PP serem descontadas do superávit da Previ. Mas o banco disse não e manteve a proposta de utilizar os recursos do Fundo Paridade. Denúncias – A Comissão de Empresa aproveitou a reunião com os representantes do banco para fazer uma série de denúncias que tem recebido dos bancários. Uma delas se refere ao Estado do Mato Grosso, onde estariam ocorrendo fraudes no sistema TAO (Talentos e Oportunidades), com nomeação de pessoas em desacordo com o acertado no início do ano. Outra denúncia se refere aos gerentes de diversas localidades, que estão encaminhando interpelação aos funcionários por causa das faltas de greve. O banco reafirmou que não concorda com esta postura de alguns gerentes, até porque o assunto ainda está sendo negociado. Diante destas denúncias, os bancários cobraram a necessidade de se definir o quanto antes as questões relativas aos delegados sindicais. O BB, entretanto, afirmou que ainda não tem nenhuma contraproposta e a Comissão de Empresa reforçou a sua reivindicação de um delegado sindical para cada 50 empregados, com a garantia de pelo menos um em cada local de trabalho. Negociações permanentes – Os bancários alertaram sobre a necessidade de se manter as negociações mesmo que o Acordo de Trabalho seja fechado. “Temos uma série de reivindicações importantes que precisam ser aprofundadas, como o PCC/PCS. O banco concordou em manter a mesa de negociações e as discussões prosseguem independentes do fechamento do Acordo”, finalizou Marcel.



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