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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Negociações com o BB avançam e bancários suspendem greve no Paraguai

(São Paulo) O Banco do Brasil cedeu e os bancários do Paraguai suspenderam a greve geral marcada para esta segunda-feira, dia 12. Depois de dois anos de negociações e de muitas idas e vindas, o BB melhorou sua proposta de reajuste para 12,5%. A proposta inicial da empresa era de 5%. Segundo estudos realizados pelo Sindicato, desde 1998 até agora os bancários do BB no Paraguai acumularam perdas em seus salários que chegam a 70%. Há oito anos sem reajuste algum, os bancários viram seus ganhos minguarem, enquanto até o salário mínimo no Paraguai subia 36% nos últimos três anos (12% por ano). “Mostramos que durante todo o processo tivemos disposição para negociar e fechar um acordo em consenso com o banco. Inclusive, nossa reivindicação inicial era de 30% de reajuste e abrimos mão da metade do nosso pleito, colocando uma contraproposta na mesa de 15% de aumento”, explicou Osmar Marecos, secretário-geral do Sindicato dos Bancários do BB no Paraguai. No final do mês passado, as negociações com a empresa praticamente se emperraram por lá. A Contraf-CUT, então, pressionou a direção do BB aqui no Brasil e conseguiu retomar os diálogos com os sindicatos paraguaio. “Foi muito difícil garantir uma reajuste melhor, mas os bancários do Paraguai conseguiram. O aumento não é nada para um banco que acabou de anunciar um lucro de mais de R$ 6 bilhões. Portanto, a luta dos colegas no país vizinho foi justa e garantiu os avanços merecidos pelos trabalhadores”, comentou Ricardo Jacques, secretário de Relações Internacional da Contraf-CUT.



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