A categoria não quer paralisar as atividades, pois traz desconforto para a população. Por isso, espera que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) trate a campanha salarial com compromisso, respeitando os trabalhadores e os clientes. A expectativa é de que hoje e amanhã, quando acontece a negociação sobre remuneração, haja proposta séria e justa, evitando o que parece inevitável: a greve. Os cinco maiores bancos do país tiveram lucro de R$ 24,7 bilhões no primeiro semestre. A exploração dos bancários e o desrespeito aos clientes são fatores que contribuem para os lucros fantásticos. Mas, os banqueiros não reconhecem e negam praticamente todos os itens da pauta de reivindicações. Questões como fim das metas, combate ao assédio moral, mais segurança, proteção ao emprego, mais contratações e o fim dos correspondentes bancários são rejeitadas sem qualquer justificativa. Com relação à remuneração, as principais exigências são reajuste salarial de 11% (inflação do período mais 5% de aumento real), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 4 mil para cada bancário, valorização dos pisos salariais, elevação do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá e Previdência Complementar para todos os bancários.