Um documento contendo reivindicações para a melhoria da segurança nos bancos foi entregue, ao ministro da Justiça, Tarso Genro, por dirigentes sindicais e representantes dos bancários. A proposta contém 25 recomendações aos governos, bancos, polícias e parlamentares, visando a segurança de bancários, vigilantes e clientes. Além do ministro e dos dirigentes sindicais, estiveram presentes à audiência pública representantes da Polícia Federal. Um grupo de trabalho foi formado para discutir as emendas ao projeto de lei, elaborado pela PF, que tramita no Senado, para a atualização da legislação federal. Entre as propostas para reforçar a segurança nos bancos está a criação de uma central de monitoramento de vídeo em tempo real, integrada às polícias civil e militar e, nos estados, às secretarias de Segurança Pública. O objetivo é que a rápida troca de informações e controle facilitem a prevenção e o combate ao crime. O documento também propõe a instalação de portas giratórias de entrada e saída, com detector de metais, localizadas antes do auto-atendimento. Outra reivindicação é a mudança no layout das agências, para resguardar o sigilo das transações bancárias, impedir a observação dos caixas e facilitar o posicionamento dos vigilantes. Proibição do transporte de valores e de chaves de cofres por funcionários de bancos, utilização de vigilantes no auto-atendimento, emissão de boletim de ocorrência e de comunicado de acidente de trabalho também fazem parte das demandas acerca da segurança da categoria. No encontro, os bancários cobraram de Tarso Genro mais rigor na fiscalização do plano de segurança, tendo em vista os lucros astronômicos dos bancos e sua responsabilidade social. O ministro acatou a proposta dos bancários e sugeriu que seja realizada uma audiência pública para debater o tema com a sociedade.