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1 de Novembro de 2016 às 08:46

Mesmo com alta rentabilidade bancos diminuem postos de trabalho

Balanço do terceiro trimestre começou a ser divulgado pelos bancos e a rentabilidade não diminui, o que está ficando menor são os postos de trabalho.

Os bancos demitem os empregados com salários mais elevados e contratam novos, com remuneração bem menor. Pesquisa do Emprego Bancário, feita com base em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), revela que os trabalhadores admitidos entre janeiro e setembro recebiam, em média, R$ 3.708,44. Já os desligados tinham remuneração de R$ 6.397,98. Ou seja, os admitidos entram ganhando 58% do saláio dos demitidos. Do total das dispensas, 61% foram sem justa causa. Já os desligamentos, sincronizados entre o tempo de empresa e a idade do trabalhador, ocorrem especialmente entre 50 e 64 anos. Dos 25.194 desligados, a maioria tinha 10 anos ou mais na empresa. A desigualdade entre homens e mulheres também é gritante.

O Itaú apresentou nesta segunda-feira (31), em que apresenta lucro líquido de R$ 5,394 bi. Nos nove primeiros meses de 2016, o lucro líquido recorrente do banco foi de R$ 16,3 bilhões. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado foi de 20,0%.

Entretanto, o banco continua a fechar agências e a demitir funcionários. Nos últimos doze meses foram cortados e 2.753 postos de trabalho e 207 agências foram fechadas no período.

Segundo a análise do Dieese, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 151,2%. As receitas com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 8,8% em doze meses e somaram R$ 24,6 bilhões.

E essa redução tem um preço, aumenta a pressão e piora as condições de trabalho, além da sobrecarga de trabalho para os bancários e atendimento fica pior para a população.

 



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