A primeira rodada de negociações da mesa temática sobre saúde não teve qualquer avanço. Embora a primeira reunião tenha sido nesta quarta-feira, dia 13, a Fenaban já tem as reivindicações dos bancários desde o dia 10 de agosto. Entretanto, os patrões justificaram que precisam estudar as cláusulas e não deram nenhuma resposta sobre os temas em pauta. “Nós entregamos à Fenaban um documento que na verdade é um compilado das cláusulas de saúde que constam em nossa Minuta de Reivindicações entregue há mais de um mês. Não há nada neste documento que não seja de conhecimento da Fenaban. Mesmo assim, eles chegaram na reunião como se fossemos apresentar a pauta pela primeira vez e disseram que não têm condições de responder antes de analisar”, relatou Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT. Durante a reunião, a Fenaban reafirmou sua proposta de criar um programa de readaptação profissional nos mesmos moldes daquele apresentado no ano passado e que foi recusado pelos trabalhadores. “O projeto dos banqueiros tem aspectos prejudiciais aos direitos dos bancários, como a interferência dos bancos nos tratamentos médicos e no próprio afastamento do trabalhador. A Contraf-CUT reafirmou sua proposta de PRO (Programa de Reabilitação Ocupacional), que é parte integrante da Minuta e que somente pode ser aplicado ao funcionário após o término do afastamento”, ressaltou Plínio. Nova rodada de negociações sobre a mesa temática de saúde foi marcada para o dia 27 de setembro, quando a Fenaban responderá às reivindicações, conforme compromisso assumido nesta quarta. “Para que a mesa apresente avanços é fundamental que as cláusulas de saúde - em especial os eixos de isonomia de direitos entre os afastados por motivos de saúde e os trabalhadores da ativa e o programa de reabilitação - estejam no centro das mobilizações da Campanha. Se não ampliarmos as manifestações e os protestos, os banqueiros não darão nada de graça”, finalizou Plínio.