Luta por Isonomia não pára no Banco do Brasil
Com a proposta aprovada, campanha em defesa do projeto de lei 6259/05 será intensificada O funcionalismo do Banco do Brasil conquistou um passo importante na luta da categoria pela isonomia, reivindicação que o Sindicato vem intensificando desde 2003. Na proposta aprovada pelos trabalhadores há um inegável avanço, com o adiantamento de férias, com possibilidade de parcelamento em até 10 vezes, e consignação em folha, também em 10 vezes, direitos que agora valem para os novos funcionários. As eventuais devoluções por desistência de remoções por interesse do serviço poderão ser parceladas em até 25 vezes. “Agora, vamos intensificar nossa mobilização em defesa da aprovação do projeto de lei da isonomia nos bancos públicos que tramita no Congresso Nacional”, disse o vice-presidente do Sindicato, José Alexandre. O projeto de lei 6259/05, que estabelece a isonomia de direitos aos bancários que entraram nos bancos públicos federais a partir de 1997, é de autoria do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) e do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), as comissões de empresa dos funcionários do BB e da Caixa e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) entregaram ao presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, Nelson Marquezelli (PTB-SP), em setembro, um abaixo-assinado com 27 mil assinaturas em defesa do projeto. Acordo Coletivo - Os funcionários do BB aprovaram, em assembléias realizadas em praticamente todo o país, na última quarta-feira, a proposta geral e a específica do banco. O reajuste salarial repõe a inflação de setembro de 2006 a agosto de 2007, 4,82%. Com o aumento real de 1,13%, o reajuste salarial chega a 6%. Prevê ainda uma nova conquista, com o pagamento da 13ª cesta-alimentação no valor de R$252,36. PLR melhorada - A PLR segue a regra básica da Fenaban (80% do E-6, mais uma parcela de R$878, com adiantamento de 40% do E-6, mais R$439, parcela linear de 4% do lucro líquido de R$1.168,92). Uma conquista importante dos funcionários do BB, em termos de PLR, é a anualização da participação nos lucros. Além disso, a proposta é maior do que a do primeiro semestre do ano passado. Ela atinge um agrupamento de cargos que faz parte da parcela do acordo de trabalho (gerência média, analistas ASS RF-04 e RF-06 e primeiros gestores). A previsão é de que haverá uma distribuição maior no segundo semestre, porque no primeiro semestre o banco abateu vários gastos no cálculo do lucro líquido, como do plano de demissão e aposentadoria voluntária da empresa. A antecipação da PLR será paga até o décimo dia após a assinatura do acordo. PCS - No âmbito do Plano de Cargos e Salários (PCS), haverá a incorporação através do piso (E-1) dos R$30 do acordo de 2004/2005 (hoje R$33) – verba 109/115. Transformado em verba salarial, esse valor vai ter reflexos nas férias, FGTS, 13º e outras. Esta incorporação representa um índice de aumento de 3,8% na tabela do PCS. Somados aos 6% de reajuste e aumento real, o impacto na tabela será de 10,08%.