A lucratividade dos bancos no Brasil supera todas as crises e trata-se de um dos melhores negócios país. No início da pandemia, em 2020, o governo deu R$ 1 trilhão aos bancos. Sem necessidade. A crise sanitária não foi problema e a lucratividade das organizações financeiras cresce a cada ano.

No mesmo passo que o desemprego, a fome, a miséria e a inflação aumentam, o Bradesco, Itaú e Santander viram a lucratividade disparar. Em 2021, os três bancos obtiveram ganho de R$ 69,4 bilhões. É o maior valor nominal da história. Salto de 34,8% em comparação com 2020. 

Somente o Itaú lucrou R$ 26,879 bilhões no ano passado. É o banco com maior crescimento em relação a 2020, alta de 45%. O lucro do Bradesco foi de R$ 26,22 bilhões, elevação de 34,7% e do Santander R$ 16,35 bilhões, aumento de 21%. Mas, o dinheiro não inibe a política de cortes do setor.

O Bradesco cortou 2.301 postos de trabalho e fechou 448 agências em 2021. O Santander, espertamente trocou os bancários por terceirizados, com salário menor e menos direitos. Já o Itaú só contrata profissionais para a área de Tecnologia da Informação e reduz o quadro nas agências e departamentos.