A cobrança de altas taxas e o estabelecimento de metas absurdas contribuíram para que os bancos brasileiros comemorem recordes de lucros no primeiro trimestre do ano, explorando clientes e funcionários. As cinco maiores empresas privadas do setor financeiro brasileiro - Bradesco, Itaú, Unibanco, Real e Santander - totalizaram lucro de R$ 5,926 bilhões nos três primeiros meses do ano. O montante representa crescimento de 10,4% em relação ao mesmo período de 2007, segundo estudo feito pela consultoria Austin Rating. No entanto, os cofres cheios não garantem reflexos positivos para os bancários, muito menos melhorias significativas no atendimento. O Banco do Brasil, que obteve o melhor resultado do período, com R$ 2,347 bilhões, na frente até mesmo de Itaú e Bradesco, pouco faz para acabar com o caos que toma conta das agências. Ao contrário, negligência a segurança de empregados e clientes - já foram registrados assaltos em diversas unidades no interior e na capital - e terceiriza serviços, ao invés de contratar novos bancários e ampliar o número de unidades.