Os três maiores bancos privados do país, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander vão muito bem, pelo menos é o que mostra o balancete dos últimos nove meses do ano.
O baixo crescimento da economia nem de longe abalou esses bancos que aumentaram sua lucratividade nesses nove primeiros meses em 26,9% mais que em igual período de 2013. No terceiro trimestre, a soma dos resultados alcançou R$ 9,8 bilhões, 29,9% maior que o do mesmo trimestre do ano passado.
Mas apesar da alta lucratividade os bancos castigam os funcionários, porque querem economizar em mão de obra com corte de postos de trabalho. O resultado disso é a sobrecarga de trabalho, o empregado era responsável por atender e cuidar da conta do
correntista, hoje tem de vender produtos e serviços.
Só no primeiro semestre deste ano o numero de demissões foram 1.363, o lucro cresce e as dispensas e cada dia mais cresce o abuso do assédio moral.
Hoje os bancos têm 512 mil empregados diretos, quase metade do que tinha no início da década de 90, quando o setor abrigava 1 milhão de trabalhadores. Em compensação,
os terceirizados, funcionários sem direitos nem representação, cresceram, eram 450 mil e passaram para 1 milhão em quase 25 anos.
De 90 para cá, muita coisa mudou nas agências. O número de bancários caiu à metade, mas o de correntistas cresceu e o trabalho triplicou. O lucro das empresas também cresceu e agora é em bilhão.
Por isso, o movimento sindical tem cobrado constantemente dos bancos que criem dois turnos para expediente bancário, isso traria benefícios para todos, categoria e correntistas.