18 de Janeiro de 2012 às 22:59
Juros e tarifas bancárias em alta no Brasil
Os absurdos no sistema financeiro brasileiro não acabam, e cobrança ao consumidor é um dos principais. As tarifas bancárias no país obtiveram alta de 12,46% em 2011, com 5,96 pontos percentuais acima da inflação, a qual fechou o ano em 6,5%. Um absurdo, já que os serviços oferecidos pelos bancos são só fazem piorar com longas filas, decorrentes do número insuficiente de funcionários. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que fazem parte dos cálculos do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
No subitem serviços bancários, o IBGE considerou as taxas pelo uso de cartões de crédito, pelo fornecimento de talões de cheques, extratos e demais serviços de administração de contas. O peso de alguns itens no orçamento familiar foi levado em consideração na avaliação.
Os juros cobrados pelos bancos em atividade no Brasil estão entre os maiores do mundo. Para se ter uma ideia, somente os de financiamentos do cartão de crédito, chamado de crédito rotativo, superam os valores cobrados por outros países da América Latina. A taxa média no país chega a 237,9% ao ano, que é quase cinco vezes maior do que a da Argentina, com média de 50% ao ano.
Em 2011, a média de juros do cheque especial chegou a 162% e a de empréstimo pessoal a 64%, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) baseada em dados do Banco Central.